28 de set. de 2008

in vino veritas

Além da surdina dos butecos de esquina, dolorosamente honestos, como suportar os longos silêncios?
Uma farsa montada,tentando negar-lhes o efeito. Alcançando a poetização da vida,aquém das montanhas,além dos mares.
Suporto a mim mesma, para bem conhecer o nada. Magoaram-me o pensamento, barbarizaram-me a alma.
Não canto a dor. Fora dos muros exalava acordes suaves e brandos. Aprecio a finitude humana como espetáculo encantador do futuro. Um distinto silencio,imundo. Embriagava-me com lágrimas. Fonte de referência indispensável no acelerado processo de transformação. Esse possível desencanto talvez encontre sentimento contrário entre meus pares.
As escolhas são um diálogo que evaporam-se e sobem aos céus. Meras conclusões sobre as preferências declaradas ou inconfessáveis.
Valha-me Deus!
Valha-me Deus!


kelen

3 comentários:

Anônimo disse...

Muito boa poesia! Reflexão profunda sobre a vida e morte do homem e sua vã filosofia existente. Você tem uma sensibilidade extrema para escrever, poetisa... Sempre seus poemas me tocam profundamente. São lindas formas de texto. Parabéns!

Anônimo disse...

Kelinha um dos mais belos poemas que li. Andei meio sumido, mas agora voltei... Versos fortes, tensos e intensos! Maravilha! O coração chega a disparar... Parabéns!

Anônimo disse...

Olá Kelen,li suas poesias e creio que você tem muitas influências no romantismo, uns belos toques de Baudelaire.E vamos dizer que por esse texto talvez "um pouquinho de influência dos Beatniks".A questão principal é que me identifiquei com suas influências e esse estilo de querer sempre mais a cada composição,tanto na escolha das palavras como na trasposição das idéias.

Um abço

Fabio R.