18 de mai. de 2007

palavras não são suficientes
sao etéreas e às vezes, fúteis
voam, sublimam
mas o sentimento cá dentro
este sim... dói, aperta e descabela
a saudade grita, desespera
até quando?

1 de mai. de 2007

Amo sem razao.
Um amor qualquer,
qualquer amor. Sempre.
Como um peixe
se me prendes, esquivo
fujo para o fundo do oceano
meu oceano.
Canto, berro, choro...
Presilhas, prende tudo
cabelo, gente, animal.
Sinto seu cheiro
Me convidas, recuso
Estou mais em mim
(sempre em mim).
Navalha na carne
cortando na noite fria.
O homem,animal que devora a ti mesmo,
digere carne podre.
A neve branca no nariz do tolo
em viva carne crua.
O vinho desce pela garganta
duvido da qualidade
mas depois da quinta dose
o que sei eu?
o que sei eu?
Palavras nuas
cravadas ao chão.
Surdas, colam teu peito ao vento
e voam, discretas e tristes.
Poesia crua, lasciva
existe métrica?
Prefiro a porra metafórica da realidade.
Desnuda (mente)
Mas nada tao assim
afeita às implicações (não às explicações),
Minha excelencia ironica que perdoe(a mim).

17 de fev. de 2007

Luara

Uma beleza não impregnada de perfumes,
nem de odores artificiais.
Ninguém será tão delirante
para dizer o contrário.
És como a bela borboleta
quando vai balançando ao ar
e ao oceano se larga.
Salve, bela Lua
Para a terra do encantamento eterno.
Seu olhar, a luz destas pupilas raras.
Você é tudo o que já existiu
tudo o que é e tudo o que será.

14 de jan. de 2007

Quando a noite se une ao infinito,
a saudade qual açoite fere.
Guardo os olhares.
Devoro teus traços,
que ha muito me serviu de sentimentos.
Berro versos pelo universo
que guardara o segredo, como um peito, o punhal.
Eu inventei a dor.
Desejo de morte, como libertação da carne.
Caleidoscopio de ilusões.
Seu entorno
é somente o peso do meu resto.
A nos dissolver no sabor do último trago do vinho.