17 de fev. de 2009

Não, hj não to pra morte lenta nem cheiro de sangue
Amor num tom opaco
distorcido
amassado
A luz não foi suficiente
Olhos cerrados de sonho e medo
Me ponho em postas,
onde não consigo chegar
Usando amor contido, passo mal
Me passe a gilete, por favor?

4 comentários:

Devir disse...

Preste atenção, Kelen
O problemático se cria quando por hábito acreditamos que a satisfação amorosa parte da situação subjetiva de nosso conhecimento, aquele instante que, não demora se perde, aponta o dedo na cara de nossa imperfeição e, na prática, naturalmente, não sabemos se poderíamos resolver com mais sabedoria de ante-mão.
Então, tememos uma eterna repetição, porque não sabemos o quê e como ocorreu o fim e o começo da insatisfação amorosa.
Não vale a pena cortar os pulsos e nem reforçar a contenção; o mal previsto daí é irreversível.
Toda história, seja de amor também, em seu presente, vai aparecer opaca, distorcida, amassada, escura, e cerra olhares sonhadores e medrosos.
Sentir-se em postas em uma geladeira pública e pensar que jamais vai chegar à autoria da próprias vida é só um princípio da verdade.
A verdade não é capaz de não nos deliciar, porisso parece tão frágil.

Um beijo filosófico, por enquanto.

Devir disse...

A DOR DO EXILADO

Minha
trilha sonora: Milton Nascimento
letra: FAZENDA

Água de beber
Bica no quintal
Sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
E a meninada respirava o vento
Até vir a noite e os velhos falavam coisas dessa vida
Eu era criança, hoje é você, e no amanhã, nós
Água de beber
Bica no quintal, sede de viver tudo
E o esquecer
Era tão normal que o tempo parava
Tinha sabiá, tinha laranjeira, tinha manga rosa
Tinha o sol da manhã
E na despedida tios na varanda, jipe na estrada
E o coração lá

Kelen, voce se saiu bem
a casa é sua

Bo i na disse...

Cada vez melhor!!!!

acompanho suas palavras às vezes... eu to em construção ainda mas tu tá com uma produção que toca o leitor, forte, meio ácida, mas extremamente expressiva!!!!

gosto desse tom!!!!

Devir disse...

Porra, que foda
mesma jamais realizada
sua plenitude
trombar, tipo de bobeira
com voce
e o sonho antes infecção
agora quase
membro amputado
ainda a doer
a me amparar...

Puta saudade