16 de fev. de 2009

Amor em pele quente

Quando a verdade me transbordou
Me veio como se fosse despertar
Tudo monocromou
Alguém ai tem uma cor pra emprestar?

Esse vento ladrão
Roubou meu jardim
como viver sem pedaço de chão?
Ai ai, o que será de mim?

O amor teimou em escorrer
Dentro ficou por demais
Quero sereno querer
Vento nos terreiros, nos quintais.

A minha lagrima era de compromisso
meu coração desvalido
Cuspido pelo caminho omisso
Vomita a dor e o medo.

Um comentário:

Devir disse...

Das Drogas Da Vida

Já fiquei preso no verde, foram
madrugadas de solitude, a galera
sonhava com galaxias e laricas, eu
daqui de Sampa, em garoa de fumaça
pensando, criava a minha verdade
última na fila das mentiras
"o amor não é subjetividade", e
o mundo ria, verde, jovem feliz

Depois renasci do pó, e se ao pó
voltava, corri, avancei ao portal
toda objetividade seria elegante
comprei lar, asas, escrevi livros
o personagem precisa ser herói
baladas & casamento, filho bom, e
divorciado lembrava, não plantei
uma grande árvore da felicidade

Depois de tantas verdades, basta
uma taça, tres chopps, dez cigarros
a babel de um espetáculo diário
liberdade de expressão, ir e vir
um trabalho que nos conforta, paz
o amor incondicional, reflorestar
aprender e ensinar a salvação enfim
não só perdoar, procurar ser útil