1 de dez. de 2008

In sanidade III - o fim

Virtuosos vibratos contidos
A fronteira simboliza bem,
Gravidade imponente pos-permissividade.
Compreensão desse ardil imanente,
Ensimesmado.
A alienação e a agressão
Código de sobrevivência que vigora.
N’alma minha, celeuma causada.
Fátuo
Desnuda precedentes
Distante dos mínimos princípios.
A verdade era desesperadamente importante,
Eu suportei até quanto pude.
A paixão possui um poder pernicioso
Segredos perdidos da sua feitura.
Meu amor adormeceu de modo inquieto,
Uma sombra cobriu meu coração
Miseravelmente escravizado.
Chorando pela dureza do mundo
O tormento já era quase insuportável.
Não havia nada mais, nada que valesse a pena-
Remoer sentimentos.
O amor o devorou.

4 comentários:

Anônimo disse...

Muito bom. Uma noite de gala, onde a sobriedade passeia impetuosamente de preto, indefectível.
Desfila segurando uma taça de espumante perolado, gelado, bastante gelado, recentemente servido.

A elegância das coisas sobrias, tênues e irremmediavelmente poéticas.

Devir disse...

Com licença:
Muito bom tambem o coment do Fábio

E agora, voce, K, love to fortfy

E se, porventura, nos degraus de um palácio, sobre a relva verde de um fosso, na solidão morna do quarto, a embriaguez diminuir ou desaparecer quando você acordar, pergunte ao vento, à vaga, à estrela, ao pássaro, ao relógio, a tudo que flui, a tudo que geme, a tudo que gira, a tudo que canta, a tudo que fala, pergunte que horas são; e o vento, a vaga, a estrela, o pássaro, o relógio responderão: "É hora de embriagar-se! Para não serem os escravos martirizados do Tempo, embriaguem-se; embriaguem-se sem descanso". Com vinho, poesia ou virtude, a escolher.

Baudelaire

Unknown disse...

seus textos são lindos, parabéns, já está publicado no Bebendo oK? Obrigada pela honra!
bjo

Devir disse...

Ensaio da Cegueira

É como se voce se dirigisse a outro cômodo
ao chegar, ver sem ver, olhar o costume
esquecer o que veio buscar, o por quê

um momento de indecisão, e vê a mobília
é a mesma, sem surpresa, sua decoração
seu ambiente onde se sente localizado

não consegue lembrar, um ensaio de cegueira
ainda sabe que alguns instante é pouco
mas sua eternidade já ameaça seu bem estar

voce é forte, sempre soube sem saber os por quês
relaxa, e não goza, sorri apenas, tem beleza e sabe
sempre alguma coisa, que basta uma parte de tudo

vê o cômodo novamente, a mobília, ainda a mesma
segue o costume, por segurança, não vai se perder
segue o costume, sempre mais cômodo e seguro

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Não estamos enclausurados em si mesmo, muito menos no mundo,
não sei por quê da minha angústia, não sei por quê vim, para onde vou.
Odeio ser como a chuva, para o pensamento pósmoderno, superflua, rss.

http://devir-antesdosnomes.blogspot.com