19 de set. de 2010

Achado (parceiros líricos)

O amor que atormentava minha alma
E dilacerava meu coração,
Prosseguiu em brados cada vez mais altos,
Agudos, aterrorizantes.
Doravante cheguei ao cume luminoso
E sereno da montanha.
O cavaleiro salvou a princesa.
E de mãos dadas tornou-se seu mestre.
Entrementes no devir do desanuviar
Os baús de memórias transbordantes
Desprenderam uma fumaça margenta-azulada
Na sua irremediável vagabundagem etílica.
Com o coração alvoraçado de felicidade
Deleito-me na música-cor de melodias tão harmoniosas
Presenteadas pelo universo
Numa antiguidade reluzente,
Hermeticamente fechada e tornou-se o céu aberto
Do cavaleiro das nuvens.
Hoje sinto a quietude da paz
Do amor consumado.
Cores floreiam o céu iluminado pela cor-metal
Do alumínio.
Vivo o momento.
A dor iracunda transformou-se
Arco-brilho-íris
Transbordando de felicidade
Um coração que já não sentia.

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