E essa descida ao inferno,
a descer sempre um degrau na escada.
Tolice e erro.
Na noite espessa o frágil monstro
se alimenta de tuas maldições.
Sua língua em chamas
engole a espuma do ódio e embriaga-se
no ópio divinal.
Fardo tão pesado...
Torna minha alma um sepulcro
e me torna escrava do tempo.
Tempo esse que me escorre pelos dedos,
num vazio abismal,
E deixa o meu coração embriagar-se de um mito.
Assim, na noite negra
seu fantasma pelo ar,
revela-se aos vagos desejos perdidos.
Salvando me do risco e de todo o agravo.
Eu era como a criança.
Estupidamente frágil e ávida do espetáculo.
Desse desejo infernal que me enche de pranto.
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